O F5 foi lançado ao mar aos 4 de janeiro de 1914, tendo como madrinha a Sra. Maria Nogueira da Gama. Realizou provas de aceitação até 6 de junho, quando foi entregue ao governo brasileiro. Deixou La Spezia aos 12 de junho, a reboque do rebocador de alto-mar Lawerzee (holandês), tendo chegado ao porto do Rio de Janeiro aos 28 de julho. Aos 10 de agosto. tendo a bordo a Comissão Fiscal nomeada pelo governo, realizou a prova final de aceitação, sendo incorporado à Esquadra aos 20 de agosto de 1914.
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O submersível F5 tinha como distintivos: numérico 95, externo F5, do Código Internacional GBHY, e de chamada radiotelegráfico SOZ. | ![]() |
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CT Álvaro Nogueira da Gama | CT Mário de Azeredo Coutinho (23/Jan/1924 a ...) | CT Mario Lopes Ypiranga dos Guaranys |
CT Antonio Segadas Vianna (19/Out/1917 a 27/Jun/1919) | CT Aureliano de Almeida Magalhães (... a 2/Dez/1924) | CT Edgar de Paula Oliveira |
CT Washington Perry de Almeida (12/Jul/1919 a 6/Out/1921) | CT Fernando Cochrane (12/Dez/1924 a 13/Nov/1925) | CT Heitor Baptista Coelho |
CT Affonso Celso de Ouro Preto (6/Out/1921 a 15/Dez/1922) | CT Mauricio Eugenio Xavier do Prado (1/Dez/1925 a 22/Dez/1926) | |
CT Braz Paulino de França Velloso (18/Dez/1922 a 5/Jan/1924) | CT Nelson Noronha Carvalho (22/Dez/1926 a ...) |
Esses submersíveis operavam, na maioria das vezes, no interior da baía de Guanabara. Todavia, as comissões em flotilha eram realizadas, amiúde, na baia da Ilha Grande e nas áreas de Cabo frio e de São Sebastião, sempre com o apoio de navio de superfície (além do Tender Ceará, o Tender Cuiabá, a Torpedeira Goyaz, e o Rebocador Laurindo Pita). O único porto visitado pelos nossos submersíveis, de que temos notícia, foi o de Santos.
(Fonte: SDGM)
Aos 13 dias de outubro de 1923, o F-5 sofreu acidente em imersão, quando teve alagado o 7º compartimento, pela válvula de esgoto, tendo ido até o fundo, parando aos 23 metros, e regressando à superfície com ar. Receberam água salgada 36 acumuladores dos 7º e 8º compartimentos.
Em 4 de novembro de 1924, fazendo parte da Esquadra de Exercícios, fez-se ao mar para atacar o Encouraçado S. Paulo, que se rebelara, fazendo três imersões, tendo navegado toda a noite pronto para combate.
(Fonte: Histórico do navio. SDGM)
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A vida a bordo desses pequeninos submersíveis, com todo seu desconforto e sujeita a riscos de toda espécie, teve suas passagens jocosas, na maioria das vezes entre quase tragédias que, se não fora a habilidade e coragem daqueles bravos marinheiros que os tripulavam, fariam, hoje, parte do triste rol de acidentes fatais com submarinos.
Algumas dessas tragicomédias foram registradas por seus atores principais, num pequeno livro, cuja edição há muito se esgotou, mas que certamente é peça documental da maior importância, por registrar o testemunho da epopéia dos nossos primeiros submarinistas. Essa obra, A VIDA NOS <<FF>> 1914-1934, vários capítulos são aqui reproduzidos, recordando àqueles que iniciaram a fantástica saga dos submarinistas brasileiros.