O SUBMARINO RIACHUELO (fleet-type)

ainda segundo MARCO POLO, teve sua quilha batida  em 1 º de maio 1942 e foi lançado ao mar a 30 de dezembro daquele mesmo ano, com o nome de Paddle (SS263). Incorporado à marinha americana aos 29 de março de 1943, iniciou, naquele mesmo ano, operações de guerra no Pacífico. Operou ao sul do Japão, nas áreas das ilhas Marshall, Gilbert e no atol de Eniwetok, nos mares de Molukka, Ceram e Banda, no mar das Celebes e no mar da China, tendo sido agraciado, em sete oportunidades, com a condecoração Submarine Combat Insignia.

Aos 18 dias de janeiro de 1957, por motivo de cessão ao governo  brasileiro, foi incorporado ao serviço ativo da Armada Brasileira, recebendo o nome de Riachuelo (S15). Aos 9 dias de março do mesmo ano partiu, juntamente com seu irmão S Humaitá, de New London, com destino ao Brasil, onde chegaram aos 5 de abril, em Recife, e aos 16 seguinte, no porto do Rio de Janeiro. Fizeram escala em Havana, San Juan de Puerto Rico, Port of Spain, Recife e Salvador.

A oficialidade de recebimento do S RIACHUELO  foi a seguinte:

CF FERNANDO GONÇALVES REIS VIANNA Comandante
CC José Portella Passos Autran Imediato
CC Nelson Riet Corrêa CheMaq
CC Lubomir Brzenzinski CheOpe
CT Francisco Amarantes Mendes CheArm
CT Zaven Boghossian Div M
CT Paulo Nogueira Pamplona Corte Real Div O
CT José Carlos Rangel Urrutigaray Div S

Entre as várias fainas pioneiras, o RIACHUELO efetuou, nas proximidades da Ilha RAZA, saída da guarita de salvamento, em plena imersão, de um submarinista e de um mergulhador, a título de exercício, e que logo a seguir foram recolhidos na superfície, pelo retorno do submarino à superfície, pois que as condições de mar não permitiam o retorno a bordo do oficial, autor desta página, e do cabo PINHEIRO, excepcional mergulhador. 

Durante o serviço ativo na marinha do Brasil navegou 97.833 milhas, cumpriu 695,5 dias de mar e realizou 2279 horas de imersão.

Aos 14 dias do mês de outubro de 1966, atracado ao cais da BACS,  deu baixa do serviço ativo da MB, em cerimônia presidida pelo contra Almirante Geraldo de Azevedo Henning, SubChefe de Organização do EMA. Permaneceu, inicialmente, na BACS, sob a responsabilidade de um Grupo de manutenção, Posteriormente foi movimentado para o AMRJ a fim de ser desmontado. Os equipamentos retirados foram destinados á força de submarinos, sendo o grupo destilatório adaptado e montada em terra, próximo ao galpão das baterias de submarinos, localizados no cais Oeste daquele arsenal, onde funciona até hoje produzindo água destilada para recompletamento de baterias de submarinos.

Em março de 1968, concluída a faina de desmontagem, foi o casco entregue à Missão Naval Americana que, por sua vez, o vendeu a um estaleiro particular no Rio de Janeiro para aproveitamento de material.

No submarino RIACHUELO, fotos a seguir, iniciei carreira de submarinista, primeiro como "qualira", em 1961, e a seguir definitivamente até 1964, quando fui transferido para o S BAHIA, num período interrompido apenas para 4 meses de  curso ESPECIAL DE COMPUTAÇÃO na USNavy