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Editorial Como primeiro número da publicação eletrônica IÇA O DOIS!, buscamos
privilegiar artigos que transmitam aos profissionais de submarino ou de mergulho a idéia
de que a criatividade é uma ferramenta insubstituível no confronto diário com as
dificuldades do trabalho, entre elas a escassez de recursos. O conhecimento, a ela
associado, condiciona soluções em problemas que parecem corriqueiros, e que aparentam
não precisar maiores considerações para serem resolvidos, e que por isso mesmo, nem
sempre produzem os melhores resultados.
Assim, os dois artigos ora publicados, "Segurança do
Trabalho", de autoria do CF (RRm) Jair Cláudio Teixeira de Azevedo, no
Periscópio/2001, órgão de divulgação da Força de Submarinos, e "Otimizando
Custos", do VAlte (RRm) Ruy Capetti, inédito, buscam polarizar a atenção dos
leitores para a necessidade de racionalizar e sistematizar a análise das atividades
mais corriqueiras, de modo a otimizar resultados. Se, com relação ao S Tonelero (como
qualquer outro submarino) houvesse uma sistemática de apreciação da segurança no
trabalho, traduzida por simples fatores de mérito como os indicado pelo autor do primeiro
artigo, talvez tivesse sido evitada a sua má sorte.
Ainda que de simples alcance, esses artigos lembram, uma vez
mais, que agir no sentido de otimizar resultados é uma ação que denota inteligência e
acima de tudo, responsabilidade, quer seja para com o material que a sociedade nos entrega
para zelar, quer seja com a vida humana, que prioritariamente devemos preservar. Agir
diferentemente, negligenciando esse proceder, é crime que somente a consciência de cada
um pode perceber de imediato, e comandar, também de imediato, a correção de rumo
necessária. Obedecê-la, e caminhar sempre em busca da perfeição, é o dever que não
podemos omitir.
"Mataram a Meca" é uma história gostosa que recorda
tempos de aventuras, como navegar com um submarino pelas perigosas águas que cercam
Abrolhos, fundear quase á fala da pequena praia da ilha de Santa Bárbara, prover
abastecimento àquela pequena guarnição de abnegados. Isso tudo é faina só para os
exepcionais Comandantes de submarinos da época. Sem as facilidades de hoje, como GPS
entre muitas, e os "chapelões" a pontilhar o caminho como minas traiçoeiras, a
espera do azar para atuar, dá arrepio lembrar da faina. Fui testemunha viva da morte da
Meca, juntamente com o companheiro e amigo Alte Oscar, que na mesma comissão viu um
satélite no céu. Mas essa já é outra história, que esperamos venha a público, para
divertimento dos leitores.
"Acidentes com Submarinos ", artigo traduzido da
Internet, enriquecido e adaptado, tem como finalidade apresentar aos leitores
informações sobre os riscos a que estão sujeitos aqueles que praticam a profissão de
submarinista.
"A Ilha Maldita" é uma obra de ficção, que narra
estranhos acontecimentos vividos por submarinistas e outros militares, testemunhas do que
pode acontecer numa longínqua paragem do Atlântico Sul, e dos quais até mesmo
nossas autoridades duvidam. |
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SUMÁRIO
Segurança do trabalho
Otimizando custos
Mataram a Meca
Acidentes com submarinos
A Ilha Maldita
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