SUBMARINO TIKUNA
O batismo de um navio de guerra é uma das cerimônias mais significativas das marinhas de todo o mundo. Nessa
ocasião, o navio recebe o nome que o distinguirá por toda sua vida. Assistido por aqueles que lhe deram forma e conteúdo, vislumbrado
por aqueles que o guar-necerão, o navio ganha alma e se torna ser vivente
para os homens do mar no momento em que a madrinha o batiza.
Tikuna é a designação do povo autóctone
brasileiro mais numeroso do país, constituído por cerca de 30.000
integrantes que habitam a região do Alto Solimões, oeste do estado do
Amazonas, que falam o português e a língua tribal. A escultura em madeira
constitui inegualável manifestação artística desse grupo étnico que
sobrevive da caça, da pesca, dos produtos da roça e do comércio nas
cidades.
Guerreiros destemidos, os Tikuna foram
notórios produtores de curare, que utilizavam em dardos de zarabatanas
de mais de três metros de comprimento. |
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Também utilizavam o arco, a flexa, e uma clava de madeira
duríssima como instrumentos de guerra.

O distintivo do Submarino Tikuna é
constituído por um pentágono de cabos de ouro e encimado pela coroa
naval, encerrando dois campos alusivos à origem do nome do navio. O
campo interior em verde e a faixa ondulada de prata são representativos
do Rio Solimões e de suas margens verdejantes. O campo superior azul,
esmalte clássico da Marinha, contém a canoa de prata na qual o índio
Tikuna, vestido de penas vermelhas, empunha o arco e flexa.
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