Iça o Dois!
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Número 42 JAN/2012 | |
EDITORIAL
O TEMPO PERDIDO NÃO É FACILMENTE RECUPERÁVEL O primeiro artigo reproduz uma carta enviada à Revista Marítima Brasileira, anos passados, que chamava a atenção para os problemas técnicos que adviriam no processo de construção de submarinos, principalmente aqueles de propulsão nuclear. O texto da carta continua atual, e é razão para a apresentação do segundo artigo.. Este segundo artigo trata da evolução das tecnologias de elaboração dos bancos de dados sobre o ALI (nos moldes do ILS),
conhecidos como LSAR, para as Data Exchange (DEX), na atualidade. Ao longo desses anos o Iça o Dois! vem batendo na tecla da necessidade de adquirir conhecimentos sobre o ALI (nos moldes do ILS) e da organização das bases de dados produzidas nas Análises de Apoio Logístico. Num primeiro estágio, conhecer a elaboração dos bancos de dados segundo o modelo relacional já seria um grande passo para o domínio da tecnologia como um todo, e sua aplicação nos diversos programas de obtenção das Forças Armadas. Porém, não podia parar nesse estágio. Mas, em nenhuma circunstância dos programas de obtenção das Forças Armadas, de material de emprego militar, tivemos conhecimento da elaboração de um LSAR. Ora, chegamos ao ano de 2012 constatando, e somente constatando, a evolução da tecnologia. Essa nova tecnologia, essa sim, poderia ser incluída num cardápio de “transferência de tecnologia”, fazendo jus aos altos recursos que serão despendidos nesse tópico. Pelo menos é o que depreende da leitura dos memorandos de entendimento com a França, para a construção de submarinos, aí incluída assessoria para construir um de propulsão nuclear. Esse seria um caso real de transferência de tecnologia atual, com evidentes vantagens para quem a recebesse. Se já tivessem sido tomadas medidas "solucionàticas" de ensino dessas novas tecnologias, as instituições militares e os demais atores iriam evitar muitas "problemáticas", principalmente no campo de compartilhamento de dados técnicos e de logística. Teria sido bem mais proveitosos para as instituições militares, pois que até evitariam a compra de tecnologias ultrapassadas. Caronte, barqueiro da Divina Comédia, continua recebendo moedas para o transporte! ( Dante Alighieri, A Divina Comédia)
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![]() SUMÁRIO CARTA À REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA "SOMOS MARINHEIROS ATÉ DEBAIXO D'ÁGUA!" Caronte, o filho de Nix, ilustrado por Gustave Doré , para a Divina Comédia |